quinta-feira, 8 de setembro de 2011

Jovens abandonam estudos por não gostarem da escola


Uma pesquisa divulgada,  pela Fundação Getúlio Vargas, mostrou que um em cada quatro brasileiros até 17 anos está fora da sala de aula. O estudo revela também que a maioria dos jovens abandonam os estudos por não gostarem da escola e não por necessidade, como trabalhar, como se pensava.

A jovem Jéssica da Silveira, moradora da Cidade de Deus, na Zona Oeste do Rio, se esforça todos os dias para chegar à sala de aula. "O meu futuro depende do meu ensino e se meu ensino for bom vou ter ótimo futuro", diz a estudante.

O maior percentual de crianças e jovens matriculados está no estado do Rio de Janeiro. O menor índice está no Acre, bem abaixo da média nacional.

A pesquisa da Fundação Getúlio Vargas também levou em consideração as faltas e a jornada escolar. É no Distrito Federal que os estudantes passam mais tempo no colégio: quase cinco horas por dia, o mínimo recomendado, mas a média nacional é inferior a quatro. Os alunos de lá tiveram as melhores notas no exame, que avalia a qualidade do ensino médio.

O estudo revela os motivos que levam os jovens a abandonarem o ensino. A necessidade de trabalhar não é o principal. Quase metade dos jovens entre 15 e 17 anos, fora da sala de aula, abandonou os estudos porque não gostava do lugar. A escola agora está diante de um grande desafio: como atrair esses meninos e meninas de volta para a sala de aula?

"É preciso criar atratividade nas escolas, através de um conteúdo pedagógico mais identificado com a problemática deles, um conteúdo pedagógico mais eficiente em termos de colocação no mercado de trabalho, escolas técnicas, etc", sugere o pesquisador da FGV. Marcelo Neri.

A falta de espaço para o lazer fez com que Julio Cezar trocasse os cadernos pelos doces que vende na rua. “No colégio não tem nenhuma área de esportes para jogar bola. É por isso que eu não venho estudar mais”, diz o estudante.

Quem tem diploma universitário chega a ganhar três vezes mais do que quem cursou até o ensino fundamental.

A estudante Vânia Medeiros aprendeu que, na escola, pode sonhar com mais. "Eu não quero trabalhar em mercados, nem ser gari, essas coisas. Eu quero um futuro melhor para mim e para minha família”, declarou.

o blog: Precisamos urgente de politicas voltadas para os jovens permaneceram na escola, para que posso ter o direito de crescer profissionalmente na vida.

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